segunda-feira, 7 de abril de 2008

PERDA



Perda...
Incoerente a sensação da perda.
A cada dia até mesmo a dor definha.
A saudade impera,
As lembranças avivam,
E a presença faz sentido, sentida...
Chorar é não deixar doer, e doi...
Dor amarga, fel-da-terra ou ferida.
Mesmo o pranto límpido faz renascer,a angustiante sensação de perder,
E dilacera o coração que em frangalhos,pulsa e luta, apesar de sofrer. Tentando vencer o vazio acolhe migalhas, fragmentos de contentamentos não contidos. Sorriso débil entremeado à boca,vindo do nada, indefinido e mantido, e mesmo assim cresce o vazio...
Como uma chaga aberta, úlcera exposta, arqueja exaurida que feche em cicatriz...
Que finde o pesar, cesse o vácuo, e o gosto amargo então desapareça....
Por fim, a contraditória sensação:Perder e sentir, que poderia ser dissipada,
Agora, aliada à vida segue contígua, disfarçada em nostalgia, arraigada...
Porém oculta como raiz.
Deixo-te a mais cheirosa, a que mais gostavas...
Deixo-te o meu pensamento em ti eterno...
Deixo-te a esperança de te encontrar um dia...
Com todo meu amor...
Tua filha,

3 comentários:

Anónimo disse...

Belo Espaço, sublime escrita, personificação perfeita... Um território de lobos, não há dúvida!

Parabéns!


lisbondragon.blogspot.com

Anónimo disse...

Nunca se perde o que se ama
Nunca se enjeita o amor
Mãe é o coração que se reclama
Mãe, para cada um de nós, é a Deusa-flor…
Esse é um amor imortal
Feito de vivências reais
Eterno, é amor tal
Que depois de partir o amor aumenta mais
….bjs do reino

Anónimo disse...

Hoje consigo perceber estas linhas...